Bichos, Gatinhos, Serelepes e Humanos

Desde que a Sophie foi descansar, minha filha resolveu seu problema:
Adotou 2 lindos gatinhos: a Nina, uma gatinha cinza de olhos verdes e o Tom um gatinho branco de olhos azuis que esta ficando peludo.
Todos os dias telefono para saber como eles estão. São graciosos, delicados...
Hoje conversavamos e ela me diz que em minha casa não vê gatos.
Gatos não suportam barulhos altos, brigas, discussões. Se assustam.
Ou seja, não podem ser invadidos em sua peculiaridade.
Ora! E quem disse que nós os humanos podemos.
Respondi a ela, que talvez fosse bom termos gatos, afinal poderiamos aprender com eles!
Aprender a ser sossegado, calmos, silenciosos.
Sem pressa.
Afinal, os animais existem na Terra a mais tempo que nós, os humanos.
As vezes penso se é tão bom ser gente.
Sabem o que nos diferencia dos animais, pois não?
Nossa capacidade de pensar.
Só que muitas vezes pensamos tanto que deixamos de lado nossa capacidade de ser e sentir, capacidade sempre explicita nos animais.
Sabemos quando um bichinho nos aprecia.
Gostam ou não.
O urubu do J.F. se assustou com o zoom da maquina e foi embora.
O serelepe não quis esperar ser fotografado.
E nós entendemos.
Ninguem se zanga por causa disso.
Por que então esperar mais de alguém que pensa? Será esta habilidade tão vantajosa????????
Acho tão cansativo...Ter medo de expressar um sentimento por não saber a reação do outro...
Se eu fosse um gatinho, correria em direção de quem gosto e pronto!
Mas não é assim.
Sou gente.
Olho pra foto da Sophie e sinto saudades.
Ainda não resolvi o que fazer.
A Leticia sente-se orgulhosa pois adotou 2 gatos que não tinham casa, homeless! E para ela isto é importante. Respeito-a ainda mais.
Eu aqui continuo pensando o que fazer e o vazio que a Sophie deixou ainda permanece.
Não moro em sitio e tenho pena de deixar um cachorro no apartamento.
E como fico nesta historia??
Pensando, pensando e ainda sem conseguir decidir!
Beijos a todos
Miriam