terça-feira, 26 de maio de 2009

A Fuga

Foto tirada em Gramado, julho de 2008



Minha casa esta uma confusão.

Pó, serra eletrica, desconforto pra todo lado.
No ultimo final de semana, estou tão cansada e irritada que fujo de casa.
Deixo todos.
Cachorro, marido, filho e bagunça.
Vou pela estrada a fora, em busca de silencio e solidão.
Ao chegar no mato, sem nenhum estimulo, felizmente a bateria do celular descarrega também. Coisa boa!!!!!!!
Procuro ouvir o silencio, me aquieto.
Aos poucos, pude sentir meu corpo se descontrair, os musculos, um a um se despregam.
Cada parte de mim se acalma, assim posso ouvir, ouvir minha casa.
Cadê a barulheira?
Cadê a agitação.
O que faço comigo sozinha.
Um principio de medo se instala.
Angustia de estar só?
Nada disso.
Apenas uma condição estranha, que as entranhas precisam.
Ouvir as entranhas me acalma.
Me entrego ao silencio.
Barulho cansa, exaure.
A tempos não me dou este presente: ausência de gente e ruído.
Fiquei olhando o verde.
Deito e cochilo.
Começa a esfriar...
Recolho-me a casa, tomo um banho longo e gostoso.
Hoje, terça feira já planejo minha próxima fuga.
Em breve.







terça-feira, 19 de maio de 2009

sem tempo....

Estou entre canos de cobre, marceneiro, pedreiro, esquadrias, fios eletricos, pó e bagunça.
Preciso me concentrar em meu trabalho.
Mas sempre falta algum material de ultima hora.
E fui arrumar este vicio!
Não consigo ficar longe do meu blog.
Até mais
Beijos

sábado, 16 de maio de 2009

Tertulia Virtual


"Você irá passar 10 anos numa pequena ilha deserta no Pacífico, e só poderá levar cinco coisas .Quais seriam? ".
Esta é a proposta da turma da Tertulia Virtual este mês.
No inicio, pensei que eram dez...só cinco?
Quero minha lucidez em primeiro lugar. Com ela posso decidir o que farei em uma pequena ilha deserta no Pacifico.
Com ela posso enfrentar e refletir cada instante.
Até se não quero mais pensar.
Depois, minha sanidade.
Com ela decido o que for melhor a cada momento.
A terceira, saúde.
Assim posso executar o que for preciso.
Uma casa que me abrigue das intempéries da natureza e me acolha nas noites de descanso.
E por ultimo....por ultimo quero ter saúde, discernimento, lucidez e uma linda casa para levar comigo um companheiro agradável, bem humorado, inteligente que leve consigo muitos livros, discos e filmes, alem da bateria interminável cheia de energia, amor e luz!
E divida toda esta vida comigo.
Minha ilha vai ser linda, ensolarada, cheia de coqueiros e frutas.
Sonhar é bom e necessário, mas cabe a mim fazer minha vida melhor, afinal, o que é "verdade"?
Cada um constrói e acredita na historia que cria.
Quem vai duvidar da verdade do outro?
Sou assim.
Aprendi a viver assim.
E estas seriam as coisas que inventei para a minha ilha do Pacífico.
Minha ilha é ensolarada, cheirosa, agradável e fresca.
As palmeiras verdinhas balançam ao vento, areia fofa, e um companheiro.
Esqueci de uma coisinha...levar minha cachorrinha!


"Vivo sonhando, sonhando mil horas sem fim...
Tempo em que vou perguntando se gostas de mim
Tempo de falar de estrelas
Falar de céu de um mar assim
Falar de um bem que se tem , mas você não vem..." ( Marcos Valle)


Boa Viagem










quarta-feira, 13 de maio de 2009

De Mario Quintana


"O Maior Cego é Aquele Que Não Se Vê."

domingo, 10 de maio de 2009

Aos Meus Fillhos e minha Mãe


10/5/2009
Hoje foi um dia.
O meu dia?
Todo dia é dia da Mãe.
A toda hora é mãe pra cá, "por favor vem aqui", como se "por favor" fosse magico e resolvesse tudo! Um "por favor " sempre imperioso do qual sou escrava eterna.
Lembrei-me hoje de quando estava gravida, coisas engraçadas aconteceram:
Um dia, andando pela rua Augusta ouvi alguém me olhar e dizer:
"Dormiu sem calcinhas, hem?" Lembro-me onde e a roupa que estava.
Naquele tempo, usavamos batas. Nem pensar sair com o barrigão marcado em uma camiseta ou malha.
Leila Diniz ainda não havia ido de biquíni gravida a praia de Ipanema.
Usava calça e bata azul marinho, de botões brancos e uma camisa branca por baixo.
Outra lembrança que tenho, é do prazer de ser casinha de gente!
Sabia que dentro de mim, morava alguém muito querido, e que lá estava guardado, bem quentinho e alimentado.
Este hospede, muitas vezes me dava chutes avisando que lá estava, que tinha vida propria e era independente de mim.
Acarinhar minha barriga, contar segredos para meus bebês que ainda não tinham rosto, mas em minha imaginação já brincavamos.
Obrigada meus filhos, pois sem vocês eu não seria quem sou.
Desde os 15 anos, quando era moda "baby-look", andando na rua, num vestido laranja de lãzinha, curtinho, ao passar em alguma vitrine , parava , punha as mãos nos bolsos e me via gravida.
E sonhava com o dia que seria mãe.
Para ser mãe, precisei achar um pai para meus filhos.
Aos 19 anos , achei.
Casamos 2 anos depois.
Estamos juntos até hoje!
Tenho uma família feita por nós dois.
Eo mais legal é ter minha mãe.
87 anos.
Hoje fizemos um almoço para ela.
Estava muito feliz e isto me fez mais feliz ainda.
Boa semana
Miriam


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Divagando 2

8/5/2009
Trocando ideias com um amigo sobre humano e humanístico, termos que não compreendo bem a diferença recebo o comentário abaixo:

"Humano é o que é relativo ao homem, ao gênero humano. O humanismo, por sua vez, e aí o Aurélio me ajuda a ser mais preciso, coloca o ser humano no centro das discussões filosóficas e se manifesta no domínio lógico e ético. Um outro sentido refere-se à formação do espírito humano pela cultura literária ou científica... Quando falamos em humanismo valorizamos mais a ação humana em detrimento dos preceitos religiosos. O humanismo carrega uma preocupação ética e de respeito ao outro muito profunda."

Para mim, não existe o humano sem humanismo, ou seja, sem ética ampla.
Não falo de ética no sentido moral, aprendido, externo.
Mas uma ética pessoal, interna, que surge junto ao desenvolvimento do ser, do humano que existe em cada um de nós.
Discussão filosófica das boas essa....
A questão que se coloca, ao menos para mim, é a necessidade de amparo e cuidado que existe em todos nós e que muito pouco é atendida.
O que fazer então?
Desde que o mundo é mundo, os homens buscam caminhos de conforto.
Interno ou externo?
Ter ou Ser?
Imposivel Ter antes de Ser.
E o que é Ser?
Busca incessante e eterna, felizmente.
O desassossego cansa.
Prefiro desassossego a estar morta para vida.
E acredito no humanismo negritado acima.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Divagando

Bom dia. 7/5/2009

A semana passou e varias vezes estive aqui sem sucesso, sem tempo, sem inspiração, mas atenta, lendo meus blogs prediletos.

Empresto do blog do ex-critor esta frase:

"Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano." Nem sei se é dele, mas em seu texto fala da importancia da literatura em sua vida.

Hoje havia decidido apenas deixar um recado.

Ler estimula e vejo que as disciplinas conversam, sempre há pontos de tangência.

O pediatra-psicanalista ingles, Donald Winnicott, fala da importância do olhar materno na constituição do ser.
Da importância do Outro na vida de cada um.

A existência, o ethos humano só acontece quando se percebe visto pelo Outro.
Sou significante na medida que tenho significado para alguém.

E se este olhar que dá validade a existência é amoroso e acolhedor, aí esta a chave da possibilidade de acontecer uma relação.

Trabalhar um texto, acarinhá-lo, ler e re-ler.

É como o lamber da cria.

O amor traz vida e da vida nasce as relações.

Pessoas, textos, literatura, cuidar e olhar.

Esta troca ao que leva?

domingo, 3 de maio de 2009

aconteceu neste week end

3/5/2009

Gustavo, Tarsila e eu , estavamos pela estrada a fora, num daqueles congestionamento proprios de final de semana prolongado, quando...
POFFFFFFFFF!
-Bateram em seu carro, meu filho!
No meio do congestionamento, paramos e fomos olhar o que havia ocorrido.
Era um Kadett todo ferrado, dirigido por um rapaz que desce do carro e diz:
- Não foi nada, com uma massinha resolve...
Meu filho me olha como quem diz:
( massinha ele vai ver só onde que é pra por...)
Pede ao rapaz nome telefone e um documento
Diz ele:
Documento não dou não. Só pra policia!
Enquanto isso, eramos xingados pelos que passavam, pois estavamos atrapalhando o transito mais ainda, certamente.
Ouvi cada palavrão...confesso que nada de novo. Ja Conhecia todos.
Pena né? Poderia ter aumentado meu conhecimento de palavras e gestos, mas todos ja me eram familiares.
Perguntei ao rapaz que se recusava a dar-nos um documento:
-Voce esta sem carta?
Ele orgulhosamente mostra seu documento.
Pergunto então:
-Se voce estivesse em um bar e pagasse com cheque e lhe pedissem que desse o numero de seu RG, vc não daria?
O moço ficou sem ação, meio atrapalhado...
Enfim, deu-nos o numero de seu RG, nome completo, telefone,apos meu filho explicar que era pra facilitar o serviço da seguradora que iria entrar em contato com ele
Gustavo anota a chapa do carro, mas vem a explicação classica:
- O carro é do meu primo...
Enfim, voltamos pro carro, e fomos embora.
Gustavo na direção me olha e diz:
- Agora meu carro foi batizado!
Seguimos viagem, rindo do acontecido , que não era nada demais, que conserta, etc, etc, etc, quando vemos o tal Kadett, todo ferrado, costurando no transito pela estrada!
No fim das contas, chegamos ao mesmo lugar, no mesmo tempo!
Talvez estivesse 3 carros a nossa frente.
Nós e o Kadett ferrado!
Agora mais ferrado ainda, pois amassou mais seu carro, que o nosso.
Enquanto escrevo lembro de uma frase de quando era jovem - Malandro Agulha -
Todos sabem o que quer dizer, pois não?
O final de semana foi ótimo.
Dias ensolarados, aquele vento outonal e noites fresquinhas.
O verde do mato estava brilhante e cheiroso.

Boa semana
Beijos